
Questionado sobre a possibilidade de romper com o partido do seu vice-governador João Leão (PP) nas eleições do próximo ano, o governador Rui Costa (PT) apostou que "não há chance", apesar da aproximação entre o filho do presidente pepista, o deputado federal Cacá Leão, e o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM).
Em entrevista a Mário Kertész, na Rádio Metrópole, na manhã desta quarta-feira (20), o chefe do Executivo baiano reafirmou a confiança que tem no aliado. "Se eu tiver que apostar R$ 10 que isso não vai acontecer, eu aposto. Leão tem sido uma pessoa correta comigo, tenho uma relação de afeto e carinho com ele", disse.
Rui afirmou que a oposição utiliza "fofocas" na tentativa de desequilibrar a sua candidatura. "Toda vez que um time não tem jogadores bons para botar em campo, vive puxando jogadores do time adversário e tome fofocas", acrescentou.
Já o parlamentar estadual, Marcelo Nilo (PSL), disse à reportagem que nos corredores da Assembleia Legislativa já é dada como certa a migração do PP para o lado do DEM e que, em outro evento no interior, Cacá deu sinais claros de rompimento, ao não citar o nome do governador, que estava ao seu lado no palanque.
"Leão e partido estarão conosco. Estou adiando ao máximo falar de eleição. Até lá as coisas vão se afunilando. Se você sonha em ganhar a Copa do Mundo, não vai ficar olhando o sorteio para ver quem vai ser o adversário. Tem que ter o time bem treinado", ressaltou Rui.
PMDB com o PT?
O governador também diz desconhecer a possibilidade de reaproximação com o PMDB, que mudou o nome para o MDB e tem os irmãos Lúcio e Geddel Vieira Lima – preso no Presídio da Papuda (DF) – afastados da cúpula. Também nos bastidores é cogitada uma possível ruptura da sigla com Neto e negociações dos deputados Leur Lomanto Júnior e Pedro Tavares com o Palácio de Ondina.
"Não tenho conhecimento deles querendo se aproximar do governo. Acho pouco provável que eles consigam descartar suas lideranças históricas e tradicionais. No time dos adversários eu prefiro não opinar. Cada um escolhe seu caminho", finalizou.
A legenda participou do primeiro governo de Jaques Wagner, em que tinha o vice-governador Edmundo Pereira e controlava diversas secretarias e órgãos estaduais.
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