Operação da PF investiga governador da Bahia, Rui Costa, e ex-ministro Jacques Wagner

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BRASÍLIA - A Polícia Federal cumpre nesta terça-feira 16 mandados de busca e apreensão em endereços de um grupo de pessoas acusadas de fraudar licitações no Ministério das Cidades com o objetivo de financiar campanhas eleitorais. Entre os investigados estão o governador do Bahia, Rui Costa (PT), dirigentes da OAS e da Propeg, uma das maiores agência de publicidade do país, segundo disse ao GLOBO uma pessoa que acompanha de perto as investigações. Policiais fazem buscas em endereços dos investigados na Bahia, Brasília e Rio de Janeiro.

Os mandados foram expedidos pela ministra Maria Thereza Rocha de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Costa é o segundo governador do PT a aparecer como alvo de uma das operações da Polícia Federal. O outro é o governador de Minas Gerais Fernando Pimentel. A investigação contra a campanha de Rui Costa tem como origem três delações obtidas na Operação Acrônimo.

Entre os investigados também estão os ex-ministros Mário Negromonte e Márcio Fortes. Os dois comandaram o Ministério das Cidades nos períodos das supostas fraudes. A polícia fez buscas em endereços dos dois ex-ministros. Também foram apreendidos documentos na sede do PT na Bahia.

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Entre os delatores que apontaram supostas irregularidades na campanha de Costa estão o lobista Benedito Oliveira e a empresária Danielle Fonteles, uma das donas da Pepper, agência que prestou serviços ao PT nas campanhas de 2010 e 2014. Na chamada Operação Hidra, a polícia investiga dois tipos de fraudes em um contrato de R$ 45 milhões do Ministério das Cidades com a Propeg.

A suspeita é que a licitação teria sido direcionada para a empresa. Em troca, a empresa prestaria serviços a campanha de Costa. A polícia suspeita também que a OAS fez pagamentos a uma empresa de comunicação da campanha do governador a partir de contratos fictícios de prestação de serviços. Para a polícia, as transações configuram caixa dois.


A polícia explica que batizou a operação de Hidra porque a investigação é um dos vários desdobramentos da Operação Acrônimo. Iniciada logo depois da campanha eleitoral de 2014, a Operação Acrônimo já resultou na abertura de pelo menos cinco inquéritos contra Fernando Pimentel. Agora, se desdobra em direção ao governo da Bahia.
"Tal qual a monstruosa figura da mitologia helênica, que ao ter a cabeça cortada ressurge com duas cabeças, a Operação Acrônimo, ao chegar a um dos líderes de uma Organização Criminosa, se deparou com uma investigação que se desdobra e exige a abertura de dois novos inquéritos", diz nota da PF.

O governor Rui Costa afirmou, em nota, que desconhece a operação, ressaltando ter recebido com "estranheza e indignação" a notícia de que estaria sendo investigado. Rui Costa se colocou à disposição para prestar esclarecimentos, e ressaltou que as contas de sua campanha foram aprovadas por unanimidade pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

O governador garantiu que "nunca existiu nenhum tipo de relação pessoal ou profissional" com a Propeg, e afirmou que não iria comentar a delação referente à campanha eleitoral de 2014, porque "o assunto já foi devidamente tratado pela coordenação da campanha e pelo partido".

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