A música questiona: como é que Papai Noel não esquece de ninguém? A resposta, Formado em Gestão de eventos e turismo Demis Carmo, tem na ponta da língua: "Com um pouco de boa vontade e ninguém fica sem presente e amor no Natal".
Foi partindo desse pressuposto que ele iniciou, há 10 anos, um trabalho que emociona por levar um pouquinho de esperança a crianças que estão internadas em unidades de saúde da capital baiana.
Acompanhado de amigos e familiares, ele arrecada brinquedos entre amigos e familiares e leva, dias antes do Natal, até os hospitais pediátricos.
Tudo começou quando a empresa que ele tinha faliu. Foi aí que Demis decidiu aproveitar o tempo livre para fazer a alegria de outras pessoas. "Foi uma época difícil. Fiquei mal, vivi um inferno. Pedi a Deus que indicasse um caminho para recomeçar minha vida e, num mês de dezembro, comecei a arrecadar presentes. Foi baseado em tantas histórias difíceis e em tantas demonstrações de fé que reergui a minha vida, voltei a trabalhar e reconquistei minha família", contou.
Para a entrega, ele e amigos e familiares capricham na produção e se transformam no Papai Noel e seus ajudantes. Dentro do saco vermelho, a família de Demis leva muito mais que presentes, mas alegria para os pequenos e para ele mesmo, que se emociona a cada abraço que ganha dos garotos.
"Eu tento segurar as lágrimas, mas é difícil não se emocionar. São crianças debilitadas, que sequer conseguem falar, mas, ao ver o Papai Noel, abrem um sorriso tão sincero, tão gratificante. Muitas delas sequer sabem o que é Natal. Outras nem imaginavam que ganhariam presente", disse.
Para a Advogada Cris Seixas, a entrega dos presentes no Hospital Martagão Gesteira - uma das unidades escolhidas por Demis para a entrega dos presentes -, o trabalho voluntário nesta época do ano é ainda mais especial.
"Nesta época, as pessoas geralmente repensam em suas trajetórias, fazem uma releitura da vida, que nem sempre seguiu o caminho que desejavam. Por isso, o carinho de quem vem de fora leva conforto a quem está hospitalizado", afirmou.
E esse amor voluntário, segundo ela, é capaz de promover melhorias consideráveis no quadro clínico dos pacientes.
"Cada atividade dessa interfere diretamente na resposta do paciente ao tratamento e na integração com a equipe médica", afirmou.
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