Deu a lógica outra vez. Apesar dos escândalos que envolvem o presidente Michel Temer (PMDB) e vários de seus homens de confiança, a Câmara dos Deputados barrou, na quarta (25), a segunda denúncia feita pela Procuradoria Geral da República contra o peemedebista. Agora, o processo fica suspenso e só pode ser retomado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após o presidente terminar o seu mandato. Foram 251 votos ‘sim’ e 233 ‘não’.
Desta vez, 14 baianos [ver infográfico] votaram pela barração à denúncia — e, assim, manifestaram seu apoio ao presidente. Na primeira votação, haviam sido 17. Nesta quarta, porém, três deputados do estado faltaram à sessão: Erivelton Santana (PEN), José Carlos Araújo (PR) e Márcio Marinho (PRB) — este último, em licença médica.
Agora, Temer esquivou-se da última flecha do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot e ganha tranquilidade para prosseguir na presidência.
Do lado da oposição, justificativa do voto veio com revolta...
No grupo dos 21 deputados que votaram pelo prosseguimento da denúncia, os 20 segundos autorizados para a justificativa do voto foram usados, quase sempre, em sua totalidade. Davidson Magalhães (PCdoB), por exemplo, chamou Temer de “chefe de quadrilha” e citou a “perseguição à Bahia” por parte do presidente. O tom foi o mesmo de outros colegas, como Nelson Pelegrino (PT), Waldenor Pereira (PT) e Alice Portugal (PCdoB).
Mas houve, também, exceções. Cacá Leão (PP), cuja sigla apóia Temer e o governador Rui Costa (PT) ao mesmo tempo, limitou-se a dizer que seguia “a orientação do partido” para votar não. O pai de Cacá, João Leão, é o vice-governador do estado.
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